segunda-feira, 9 de março de 2015

Maranhão é o 2° Estado de Casos de Câncer de Colo Uterino no País, Ministério Prevê Vacinar 215 MIL meninas contra o HPV.

Meninas de 9 a 11 anos do Maranhão já podem tomar a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), usada na prevenção do câncer do colo do útero. No estado, mais de 215 mil meninas deverão receber a vacina. A informação foi enviada pela assessoria do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (9).


Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que o câncer de colo de útero está entre os tipos de câncer que mais mata no país. No Maranhão, ele é o segundo com maior incidência entre as mulheres, e uma das formas mais importantes de prevenção é a vacina contra o HPV para meninas entre 9 e 13 anos. A vacinação teve início no ano passado, mas o número de meninas que tomou a segunda dose é considerado pequeno em todo o estado. De acordo com o Inca, em 2014, mais de 800 novos casos de câncer de colo do útero foram registrados no Maranhão.

De acordo com o ministério, foram enviadas 225,8 mil doses do imunobiológico ao estado. A expectativa é a de vacinar 4,94 milhões de meninas em todo o país. Junto com o grupo de adolescentes de 11 a 13 anos vacinadas no ano passado, essa pode ser a primeira geração praticamente livre do risco de morrer do câncer do colo do útero. A meta é vacinar, em parceria com as secretarias estaduais e municipais da saúde, 80% do público-alvo. 

A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação. Para este ano, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam parcerias com as escolas públicas e privadas, repetindo a estratégia adotada na primeira dose da vacina, quando 100% do público estimado, de 4,95 milhões de meninas de 11 a 13, foi vacinado. Já a segunda dose, que teve o foco a administração apenas nos postos de saúde, alcançou 2,9 milhões de meninas, atingindo 58,7% do público-alvo. No Maranhão, 99,3% das adolescentes de 11 a 13 anos receberam a primeira dose da vacina. Já na segunda fase da campanha, a adesão foi de 62,5%.

Como vacinar

Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos.
As meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado também podem aproveitar a oportunidade de se prevenir e procurar um posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal. Isso também vale para as meninas que tomaram a primeira dose aos 13 anos e já completaram 14. É importante ressaltar que a proteção só é garantida com a aplicação das três doses.

Para as mulheres que vivem com HIV, o esquema vacinal também conta com três doses, mas com intervalos diferentes. A segunda e a terceira doses serão aplicadas dois e seis meses após a primeira. Nesse caso, elas precisarão apresentar a prescrição médica.

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, atrás apenas do de mama e de brônquios e pulmões. O número de mortes por câncer do colo do útero no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.  Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.

Do G1 MA, com informações da TV Mirante, foto blog da saúde. 

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