Segundo a equipe de auditores da Prefeitura de Bom Jardim, que 
procuram por irregularidades nos órgãos da administração pública 
referentes à gestão de Lidiane Leite, foi encontrado um desvio de 
recursos milionário da assistência social do município, que pode chegar a
 casa de 1 milhão de reais. 
 
Trata-se das falsas diárias, que segundo os auditores, baseado em 
extratos bancários e depoimentos, a ex secretária de assistência social e
 tia da ex prefeita, Senhora Raimunda Nonata Belém Leite(Meire Belém) é 
apontada como mentora da fraude, que durante os 02 anos e 07 meses de 
sua gestão, forjava diárias no valor de até 1.400,00 (Um mil e 
quatrocentos reais), obrigando servidores contratados da assistência 
social, a sacarem no Banco do Brasil os valores em espécie e a entregar 
para ela. 
 Pelo menos 18 servidores, temerosos com as constantes 
visitas da Polícia Federal em Bom Jardim, decidiram espontaneamente 
procurar a auditoria do município e relatar como era feito o esquema 
fraudulento das falsas diárias. Eles disseram a auditoria, que a prática
 ilícita era rotineira e para não perderem o emprego, eram obrigados a 
concordar com a fraude, e que na condição de laranjas não recebiam nada 
em troca, apenas a permanência no emprego.
 Coordenadores, 
assistentes sociais, recepcionistas e até psicólogos eram usados no 
esquema que segundo o auditores pode chegar a casa de 1 milhão de reais.
 As diárias seriam para promover o acompanhamento e a assistência as 
famílias carentes da zona rural do município, com os cadastros do bolsa 
família e outras ações. Porém, as famílias não eram beneficiadas e o 
dinheiro era usado em benefício próprio da ex-secretária, como apontam 
as investigações.
 Os valores de diárias também ultrapassavam o 
limite legal, que é de no máximo 50% do salário do servidor. Algumas 
diárias chegavam a dobrar o valor limite.
  Ainda segundo a auditoria, dados fictícios eram alimentados no sistema para que os recursos não parassem de chegar.
 A auditoria na Secretaria de Assistência se encontra em fase conclusiva
 e assim que os trabalhos terminarem, o dossiê será entregue ao 
Ministério Público e demais órgãos competentes.
 Segundo os 
advogados da Prefeitura, a ex-secretária pode responder por CONCUSSÃO, 
que é o crime de extorsão praticado pelo servidor público contra a 
administração pública, previsto no artigo 316 do código penal.
 Fonte: Asscom - Prefeitura Municipal de Bom Jardim.
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